A sexta-feira luminosa de 02 de outubro de 2009
ficou gravada na memória dos amantes dos esportes. Neste dia, os canais de TV
do mundo inteiro mostravam imagens ao vivo diretamente de Copenhague, capital
da Dinamarca, mais precisamente do Centro de Imprensa Bella Center, onde o
Comitê Olímpico Internacional realizou o sorteio para a escolha da cidade onde
se realizará os Jogos Olímpicos de 2016. Para júbilo e glória do COI nacional a
cidade do Rio de Janeiro foi à escolhida. O Brasil investiu de 1992 a 2009, a
bagatela de R$ 180 milhões somente para concorrer como optante a vaga de cidade
sede, para os jogos de 2000, 2004, 2012 e 2016. Após a escolha da capital
fluminense, a alegria no país foi pulverizada, direcionada e flagrantemente
induzida. Em Copenhague não foi diferente, e notou-se o enorme palanque montado
pelas autoridades de nosso país. A poliglota e festiva comitiva brasileira,
contou com a ilustre presença de Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da
República; Sérgio Cabral, Governador do Estado do Rio de Janeiro; Eduardo Paes,
Prefeito da cidade e outras personalidades da vida esportiva nacional. Está
gravado em minha memória, o êxtase irradiado por todos os membros presentes no
sorteio. As manifestações de alegria, os semblantes risonhos, lágrimas,
abraços, selinhos, pulinhos, hipi, hipi, urra, até o execrável é campeão. Justas
manifestações e regozijos em momentos de prestígio e reconhecimento de nosso
país no cenário mundial. Aquela escolha significava conquistas positivas, nomes
na história, fundos para as campanhas e garantias de reeleições, demonstrava
quanto é bom governar para os ricos, que não reclamam, não reivindicam, não
vaiam, não esperneiam, não colocam faixas e nem queimam pneus nas rodovias, e
quando o fazem, agem silenciosamente acionando os mecanismos nos bastidores
para manutenção do status quo.
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