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sábado, fevereiro 13, 2010

É DIFÍCIL GOVERNAR PARA OS POBRES

A vida é célere e mutante. Hoje, no limiar de 2010, grande parte do país enfrenta as endêmicas, previsíveis e trágicas catástrofes causadas pelas chuvas. Bairros do subúrbio do Rio de Janeiro e municípios do estado; zona norte e centro da cidade de São Paulo e cidades do interior; cidades do sul do país, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná. Os cidadãos sofrem com os fenômenos da natureza, justamente por morarem em áreas reconhecidamente de riscos, sofrem pelo descaso calculado dos governantes no controle de ocupações de áreas e por falta de investimentos em saneamentos em aglomerados urbanos. Governar para os pobres principalmente os mais carentes, são missões espinhosas e complexas por serem os mais atingidos nas catástrofes pluviais. Pressionados pela pobreza e especulação imobiliária, sujeitam-se a morar em áreas inseguras, desprovidas de estruturas em saneamento básico e de total ausência do estado. Historicamente são personagens do êxodo humano que abandonaram as senzalas e construíram as favelas, e lembrados apenas de quatro em quatro anos quando alcançados pelo discurso fácil e hipócrita dos salvadores da pátria. A ausência do governador Sérgio Cabral no início do acidente em Angra dos Reis e o semblante desconfortável e contrariado do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, demonstra as dificuldades que as autoridades têm ao enfrentar as adversidades, ouvir acusações de descaso, de inaptidão e má gestão e, ao constatarem o despreparo da defesa civil. As crises e catástrofes causam maiores transtornos, desconfortos, e reações positivas aos governantes, quando se preocupam com o ônus que colherão por suas ações, seja por inércia e inapetência ou por atos determinados e competentes. Hoje, a ribalta se ilumina anunciando novas eleições e, é dado o start do race eleitoral, a insana disputa para quem chegará ao primeiro lugar na reta final. Nas urnas, os eleitores deverão se colocar no lugar de fiéis da balança ao pesar os graus de (in)satisfações e consagrarão mais um quadriênio para os postulantes aos cargos públicos.

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