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terça-feira, janeiro 05, 2010

O PALADINO DA EDUCAÇÃO

Acompanho quase diariamente pela mídia eletrônica, do twitter, ao blog, tv senado, jornais e entrevistas, a obstinada vocação do senador Cristovam Buarque em defesa de educação de qualidade no Brasil. Professor Cristovam é vencedor em inúmeras idéias e propostas, e agrega em seu histórico de educador e político um sem número de conquistas. No Parlamento, as resistências ocultam-se por detrás dos pronomes de tratamento, na subliminaridade gestual, no perverso jogo de interesses e nas veleidades orquestradas pelo mutualismo. Mas onde há sombra há luz, na claridade é visível o quanto algumas idéias deste parlamentar sobre o tema educação são incompreendidas e cerceadas pelos seus pares. Comparando suas lutas sem tréguas e os resultados dos avanços educacionais no país, induz-me a pensar que, muitas vezes seu clamor soa como palavras ao vento, assemelhando-se a exegese bíblica do apóstolo João Batista clamando no deserto. Não estudo a exegese, mas por clarividência intrínseca intuo que, João Batista clamando no deserto é metáfora, o "Batista" era consciente. Cristovam Buarque clama no deserto gerado pelo obscurantismo e fisiologismo da maior parte dos políticos nacionais; na omissão do Estado brasileiro em fazer a Revolução Educacional És Tudo Pelo Estudo, isto sim, luz para todos; no desinteresse de dar luz aos grotões, pois sabem que caminharão com as próprias pernas; no medo que, a educação torna um povo fácil de guiar, mas difícil de dirigir, fácil de governar, mas impossível de escravizar (Henry Broughan, advogado e político britânico). Fazendo analogia e conjetura da bravura do guerreiro Senador Cristovam, paladino da educação e São Cristóvão, santo católico padroeiro dos viajantes, concluo que suas missões são das mais elevadas e sublimes. Servir aos semelhantes é servir a Deus, pois a nobreza é de quem serve não de quem é servido. Então, um Cristóvão entronizado como são, e o outro Cristovam por não ser são se o fosse não seria senador, continua na diária determinação de conduzir a cidadania, a cruzar os rios de águas turvas que separam pelo maniqueísmo das elites, o acesso do saber a todos.
ckecked

Um comentário:

Montezuma disse...

A Missão criança, de Cristovam Buarque, chegou a países africanos. Lamentavelmente, Izidoro, é o que você bem descreve: ele clama no deserto do fisiologismo nacional. Enquanto isso, o analfabetismo ainda não foi erradicado neste País. Nunca antes na história do Brasil Varonil, o drama dos sem letra, sem assinatura e sem leitura ficou tão evidente. Vi bem de perto a tristeza do analfabetismo numa parte da Amazônia. Educação é coisa séria. O governo chutou Cristovam, quando precisa de um time inteiro de Cristovam.